Branco, fogos, ondas. No Brasil, a virada do ano tem uma série de tradições, porém, nada mais forte do que vestir roupa branca, assistir à queima de fogos e, se estiver no litoral, pular sete ondas. As explicações, como pode-se imaginar, não tem lá muito de científicas, mas perpassam pelas demonstrações de alegria por iniciar um novo ciclo, assim como pela busca por prosperidade, amor e paz.
Você não é religioso, nem tampouco supersticioso? Não tem problema, se estiver por essas terras tropicais, sucumbirá à energia e, inevitavelmente, às simpatias do período. Afinal, atrair um pouco de sorte nunca fez mal a ninguém, não é mesmo? Basta seguir meia dúzia de procedimentos tupiniquins – que, reza a lenda, são infalíveis !!
1. Vestir branco
Já começou: as vitrines estão repletas de camisas, calças, vestidos e camisetas brancas. A cor que simboliza a paz é obrigatória em rituais de tribos africanas, foi popularizada pelo candomblé e se tornou essencial no réveillon, como forma de purificar o espírito, de renovar forças, de afastar mau olhado. Até por essa ancestralidade religiosa, além das roupas alvas, muita gente costuma ainda presentear Iemanjá, a rainha das águas.
Para agradecer metas alcançadas e renovar pedidos, basta mimar a vaidosa orixá lançando perfumes, sabonetes, espelhos e flores ao mar. A atitude pouco ecológica, mas afetiva, é recorrente sobretudo na Bahia e no Rio de Janeiro e leva as prefeituras locais a adotarem políticas de limpeza e, eventualmente, a indicarem pontos e horários específicos para as oferendas.
2. Pular sete ondas
Não, não se trata de brincadeira de criança. Em qualquer praia brasileira, na sequência dos fogos de artifício (vale dizer, em nenhum lugar tão espetaculares quanto os da Praia de Copacabana, exatamente onde se encontra o PortoBay Rio de Janeiro) e das doze badalas do dia 31 de dezembro, é hora de correr para o mar, de roupa e tudo, e começar a se mexer. A cada onda pulada, faz-se um pedido e, após o sétimo pulo, volta-se à areia, sem dar as costas para o mar.
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3. Comer pela prosperidade
2023 é um ano para buscar fartura? Os mais supersticiosos acreditam que comer romã na noite de Ano Novo atrai dinheiro. As sementes não devem ser mastigadas, mas embrulhadas num papel branco. Então, no Dia de Reis, elas precisam ser guardadas na carteira. Muito complicado? Vale comer 12 uvas, cada uma delas nos doze minutos que antecedem a meia-noite. Mais: algumas colheradas de lentilha também chamam sorte.
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4. Investir na lingerie
Usar branco, como foi dito, é quase uma imposição. Mas não é a única !! Roupas íntimas novinhas em folha fazem parte do figurino. Cada cor de calcinha ou cueca tem um papel importante: a branca traz tranquilidade, a rosa atrai amor e a vermelha paixão, a amarela chama dinheiro, a verde cultiva esperança e a azul simboliza sucesso. Brasileiro que é brasileiro garante que a tática influencia – e muito – o novo ano.
5. Evitar aves
Peru, chester, salpicão de frango são pratos exclusivamente natalinos. Para quem não sabe, as aves ciscam para trás e apreciá-las na ceia de Réveillon é um perigo !! Uma coxa de peru e os projetos do novo ano podem retroceder. Sendo assim, melhor não correr o risco e se deliciar com carne de porco ou pescados. Sempre brindadas com uma tacinha de espumante. As versões brasileiras têm sido premiadas mundo afora e, se tomadas no primeiro minuto do ano, garantem sucesso para todos os segundos dos próximos 12 meses.
6. Destinar uma folha
Ao longo da história e, especialmente na Idade Média, os galhos do loureiro representaram a fortuna. Daí que, na passagem de ano, os brasileiros perpetuam a tradição de inserir uma folha de louro com uma nota de dinheiro na carteira e guardá-los até o próximo 31 de dezembro. Neste dia, há quem doe a cédula e jogue a planta em mar ou rio.