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07.06.2024

Crescer em PortoBay

CRESCER EM PORTOBAY - ANTÓNIO PAIS, UM AMANTE DA NATUREZA E UM AFICIONADO PELA HOSPITALIDADE

 

António Pais entrou em PortoBay em 1995, vindo de Aveiro e com uma experiência em hotelaria muito diferente daquela que o novo hotel The Cliff Bay pedia.
Começou na Hospitalidade com 14 anos como bell boy a trabalhar nas férias, tendo seguido carreira em Aveiro num pequeno hotel de cidade, até que se mudou para a Madeira. Quando chegou à ilha o seu foco era encontrar emprego. Mas já sabia qual o local onde queria mesmo começar a trabalhar: o The Cliff Bay, um hotel 5 estrelas acabado de abrir, onde imperava o glamour e uma experiência completamente diferente da que tinha tido até então.
Por duas vezes entregou o currículo, fez entrevista e não foi aceite. Inclusive, no questionário que preencheu colocou que estava disposto a trabalhar em qualquer vaga, incluindo jardineiro, até porque é um amante da natureza e encontra muito conforto junto da sua horta. Ainda assim, as coisas não correram de feitio, mas não baixou os braços.
Conta que num domingo, estava num sítio e soube que um dos administradores do grupo também lá estava, o Engenheiro Pedro Ferreira, uma pessoa que sempre foi muito querida entre o staff PortoBay. Respirou fundo, encheu-se de coragem e abordou-o, contando toda a trajetória e explicando que estava disposto a trabalhar em qualquer área, durante o tempo que fosse necessário e que a empresa achasse conveniente, e que se ao fim desse tempo reconhecessem que merecia uma oportunidade, então aí fariam um contrato. Foi assim que António Pais entrou em PortoBay, mantendo a convicção de que aquele era o caminho, de que era possível.
A sua primeira função foi como Night Auditor estagiário, e ao fim de 3 meses ficou a contrato, tendo-se mantido neste cargo mais algum tempo. Entre 1995 e 1998, a evolução e mudança de funções foi bastante célere, tendo passado pelo backoffice da receção a trabalhar nas reservas, posteriormente, e com algumas saídas da equipa, acabou por ser promovido a Supervisor das Reservas e depois a Chefe de Receção.

Entre 1998 e 1999, o diretor do hotel esteve ausente devido a uma formação e sugeriu à Administração que fosse o António a ficar como Diretor Residente, tendo acumulado as duas funções. Esteve neste cargo até 2000/2001, até que em 2002 vai para o Porto Santa Maria como Diretor do Hotel, onde se manteve até 2006.
É nesta altura que é convidado a ir para o Brasil e fazer parte da expansão de PortoBay para outro continente. Em 2007, tornou-se Diretor do PortoBay Rio de Janeiro e esteve a fazer a transição do hotel. Pouco tempo depois, acumulou funções e era também Diretor do PortoBay Búzios, sendo que durante a semana trabalhava no Rio de Janeiro e no fim-de-semana trabalhava em Búzios. Inicialmente, a ideia seria estar pelo menos 3 anos no Brasil, mas o destino teve outras ideias.
Em 2007, PortoBay expande para o Algarve e o hotel PortoBay Falésia precisava de um Diretor que preparasse o hotel e a sua abertura, por isso, o Fernando Filipe deixa o Vila Porto Mare e vai para o Algarve. Assim, em 2008 e depois de o hotel ter estado 3 meses com outro diretor, o António acaba por assumir a função de Diretor no Vila Porto Mare, onde esteve até 2014.
E como é que acaba por chegar ao The Cliff Bay, é isso que se está a perguntar, não é? Pois bem, como nos conta o António: “Estava eu na minha horta no Porto Moniz e recebo uma chamada do Dr. Trindade a dizer que segunda-feira ia apresentar-me no Cliff. E pronto, 10 anos como Diretor do The Cliff Bay! É quase um fechar de ciclo. Jamais imaginaria em 1995 chegar aqui.”
São quase 30 anos de um percurso louvável, tendo passado por diversas funções, por vários hotéis do grupo e tudo porque acreditou. Crescer em PortoBay foi natural, mas a cada passo assumia mais responsabilidades. Contudo, o seu mote sempre foi dar o seu melhor, o melhor que sabia, mesmo sabendo que podia não ser suficiente.
A evolução no hotel e, posteriormente, no grupo adveio muito do seu espírito crítico, pela busca de fazer mais e melhor, de prestar o melhor serviço possível e estar disponível para aprender todos os dias, com os colegas e com os clientes.

Na hotelaria fazer os outros felizes é a base e António recorda com carinho muitos momentos marcantes e caricatos neste seu longo percurso na área, deixando nota que um dia vai escrever um livro com os seus episódios mais especiais, mas atenção que não vai estar disponível. Mas vamos esperar que partilhe mais alguma coisa connosco!
Abrindo a sua caixa das memórias, António contou-nos algo que o marcou particularmente: “Quando fui para o Porto Santa Maria, na altura houve clientes que foram comigo para lá e isso deu-me uma satisfação especial. Porque no fundo é aqui que provamos que fizemos alguma coisa correta, isto acaba por refletir quem somos e aquilo que fazemos. É um reconhecimento natural do trabalho e no fundo em termos profissionais é isso que vale, para mim.”
Mas há mais uma história que quis partilhar connosco, e que nos deixa vários e valiosos ensinamentos no ramo da hotelaria, no mundo do trabalho, mas até mesmo para a vida pessoal que passa por fazer aquilo que acharmos que deve ser feito, desde que seja a cosia certa. Se há algo que pode ser melhorado, se há forma de tornar o serviço e experiência melhor, sejamos audazes e façamos mais:
“Isto passou-se quando estava como Night Auditor Estagiário, e esta função é feita sobretudo atrás do balcão. Para contextualizar, naquela altura ainda se fumava nos lobbies e à noite, passava todas aquelas horas e via os cinzeiros cheios de cinza e beatas e aquele cheiro a tabaco. Aquilo incomodava-me, mexia comigo. Eu vi aquilo uma, duas, três, quatro, cinco noites e ninguém tinha iniciativa. Depois vinham os clientes de manhã para tomar o pequeno-almoço, passavam pelo lobby e estava aquele cheiro a tabaco. Tudo isso me fazia confusão, era contranatura, não batia certo.
A determinada altura, eu saio do balcão e começo a limpar cinzeiros, arrumar almofadas, endireitar os sofás. E um colega virou-se para mim e disse: “estás aqui há tão pouco tempo e já queres usar o casaco do chefe?”.
O rapaz de 29 anos que entrou como estagiário, jamais pensou que hoje seria Diretor do hotel onde começou, bem como do Les Suites at The Cliff Bay, da La Villa, do PortoBay Serra Golf e ainda responsável pelo projeto da horta PortoBay. Foi por todo este percurso, por ter dado sempre mais do que o que era esperado, pelo seu empenho e dedicação a PortoBay, que em 2023 foi reconhecido pela empresa com o Prémio Carreira.
“Foi completamente inesperado. Primeiro, porque ainda não vou de reforma amanhã (risos), normalmente, os prémios carreira são atribuídos no final de carreira e não, ainda falta algum tempo julgo eu, se fizer a coisa certa.
Mas, na altura não soube muito bem o que dizer e ainda hoje não sei. Talvez porque jamais pensaria que hoje estaria a fazer aquilo que faço. E por isso, valorizo muito mais cada passo e cada reconhecimento. O reconhecimento PortoBay foi a cereja no topo do bolo. Acho que PortoBay tem, felizmente, muita gente que pode e deve ser reconhecida e eu fui apenas um dos felizardos.”

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